Ao mesmo tempo em que o governo revolucionário pernambucano procurava a adesão de outras capitanias, enviava representantes ao exterior para conseguir apoio. Para a manutenção da nova república, movimentou-se a maçonaria em conseguir simpatia e recursos junto às suas lojas de Londres e, em particular, dos Estados Unidos.
Para o Rio da Prata
(Argentina) seguiu Félix José Tavares de Lima, com instruções para conseguir
também ajuda entre os paraguaios, mas não obteve resultados.
Para a Inglaterra
foi Henry Kesner, um comerciante inglês residente em Recife, para se encontrar
com o ministro Lord Castlereargh e pedir proteção daquele país para a república
pernambucana. O governo inglês, porém, permaneceu neutro. Kesner também
entregou documentos ao jornalista Hipólito José da Costa Pereira Furtado de
Mendonça convidando-o para defender a causa da revolução em Londres e lhe
oferecendo o cargo de ministro plenipotenciário(6) da nova República. Este se
negou a fazê-lo e publicou em sua revista (Correio Brasiliense) os documentos
recebidos, com censuras ao movimento, que julgou imprudente e contrário aos
interesses do Brasil.
Para os Estados
Unidos foram o tenente Domingos Malaquias de Aguiar Pires Ferreira e o
negociante maçom Antônio Gonçalves da Cruz (Cabugá). Desembarcaram em maio de
1817 na Filadélfia com 800 mil dólares (aproximadamente 12 milhões de dólares,
atualizado ao câmbio de 2007) e três objetivos: comprar armas e munições,
convencer o governo americano a apoiar os rebeldes em troca de gêneros livres
de impostos por vinte anos aos comerciantes americanos e recrutar oficiais
norte-americanos da marinha ou antigos revolucionários franceses exilados nos
Estados Unidos para, com a ajuda destes, melhorar a organização da revolução em
Pernambuco.
Em troca da
participação dos oficiais franceses, os pernambucanos os apoiariam na
libertação de Napoleão Bonaparte, exilado então pelos ingleses na Ilha de Santa
Helena, transportando-o para Recife e posteriormente para os Estados Unidos.
Cabugá dedicou-se
aos encontros diplomáticos e recrutamento dos militares enquanto Domingos
Malaquias ocupou-se das medidas práticas para a compra das armas. Cabugá chegou
a se encontrar com o ex-presidente americano Adams e com o Secretário de
Estado, Richard Rush, mas somente conseguiu o compromisso de que, enquanto
durasse a rebelião, os Estados Unidos autorizariam a entrada de navios
pernambucanos em águas americanas e que também aceitariam dar asilo ou abrigo a
eventuais refugiados, em caso de fracasso do movimento.
Os Estados Unidos
ignoraram a proposta de apoio e prontamente (assim com a Inglaterra) legislaram
no sentido de ser proibido o fornecimento oficial de armas e munições aos
rebeldes.
Fonte: Sylvio Mário Bazote – Historiador e Psicólogo de Juiz de Fora – Minas Gerais
Fonte: Sylvio Mário Bazote – Historiador e Psicólogo de Juiz de Fora – Minas Gerais
... Parabens pelo seu maravilhoso BLOG ..... Creio que deveria dizer Henry Koster, e não Henry Kesner.
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