segunda-feira, 6 de março de 2017

18 - A Revolução de 1817 e a Emancipação Política de Alagoas


REVOLUÇÃO PERNAMBUCANA DE 1817 E OS MOTIVOS DA ‘’EMANCIPAÇÃO” POLITICA DE ALAGOAS

Nós éramos do ponto de vista territorial a parte sul de Pernambuco, A nossa Genesis por incrível que apareça nasceu de um naufrágio e do assassinato do Bispo Fernandes Sardinha na foz entre do rio Coruripe e são Francisco, pelos índios caetés, fato esse questionado pelo historiador Álvaro Queiroz(foi uma armação) ,mas esse episódio segundo vários pesquisadores , provocou por parte da Capitania duas expedições, uma chefiada por Jeronimo de Albuquerque o sul originado o primeiro Núcleo de povoamento a Cidade de Penedo 1560 ,a segunda expedição foi comandada por Cristóvão Lins fundou Porto Calvo 1590.

A região norte de Alagoas foi onde se deu a origem dos primeiros engenhos de açúcar , da parte sul de Pernambuco- Escurial (Porto de Pedras),Buenos Aires (Camaragibe) . Morro (Porto Calvo) Já Penedo tinha sua atividade voltada para pecuária; A parte sul de Pernambuco foi dividida em sete sesmarias, a Cristóvão Lins fora doadas as terras que ficavam do cabo de Santo Agostinho ao rio Manguaba (atual cidade de Porto Calvo),a Diogo Soares as terras da enseda da Pajuçara ao porto do Francês , santa Maria Madalena da Lagoa do sul ( atual Marechal Deodoro); por sua atividade econômica , parte sul de alagoas vai se transformando de Vila ( Alagoas, Penedo e Porto Calvo) a condição de Comarca.

A revolução, que na verdade foi a insurreição Pernambucana de 1817 de caráter Nativista e Republicano e influenciados pelas ideias iluministas, a aristocracia Pernambucana queria uma sociedade independente e o rompimento da ordem colonial Portuguesa, nesse contexto , a família Real portuguesa(D. João VI) se encontrava no Brasil.

Com a expulsão dos Holandeses a Produção do Açúcar entrou em crise afetando os senhores de engenho os altos impostos Portugueses asfixiavam os colonos Brasileiros impostos provocando revoltas da sociedade pernambucana, o foco inicial da rebelião foi a cidade de Recife, entre os que se destacavam-se no movimento antilusitano tinham , militares, comerciantes , magistrados, padres e maçons , que combatiam duramente os comerciantes portugueses, apelidados de marinheiros porque abordavam de navios da Europa; essa rivalidade e o medo levou os portugueses a denunciar ao governador os lideres acusados de conspiração ,o governador determinou a prisão dos acusados, o brigadeiro Barbosa de Casto, resolveu fazer pessoalmente as prisões ,quando foi prender o capitão José de Barros(leão coroado),reagiu à prisão e matou o brigadeiro Barbosa, os rebeldes tomaram os quarteis saído as ruas ocupado os Barrios de santo Antônio e centro da cidade de Recife, para não ser preso o governador Pinto de Miranda pelas sua propia tropa se refugiou na fortaleza do Brum.

Os rebeldes formaram um governo composto de vários representantes, comerciantes, Militares, proprietários rurais, e o clero, ficaram no poder por setenta dias ( 6 de março a 20 de maio), tentaram difundir as ideias as outra capitanias mas fracassaram na Bahia, o padre Roma e foi preso e fuzilado, no Ceará o levante foi feito no cariri pela família Alencar foi sufocada Filgueiras; as adesões republicana se deu apenas na Paraíba e no Rio grande do Norte formando um junta governativa , que se aliou a Pernambuco, não logrou êxito por não ter participação popular.

Na parte sul de Pernambuco (hoje Alagoas) veio trazer as ideias de revolução José Ignácio Ribeiro de Abreu e Lima (Padre Roma), indo à Bahia, o líder da revolta e Alagoas foi o Victoriano Borges da Fonseca, então comandante das Armas de Alagoas A adesão à revolta teve a participação também de setores da aristocracia rural, em são Miguel dos Campos teve adesão de Manoel Viera Dantas, Segundo o Históriador Alfedo Brandão: “o único rebelde de São Miguel” , adesão de outras vilas como Penedo que foram violentados pelo terror . A única vila que não ocorreu revolta foi Atalaia, Por que lá se encontrava Ouvidor Batalha impediu as proclamações e revoltas; Na opinião da Professora Isabel Loureiro, o chefe das armas de Alagoas, com constrangido por ter ajudado o padre Roma , foi a Bahia delatar o movimento ao conde dos arcos. A vila de Penedo foi duramente reprimida pelas tropas da reação do conde dos Arcos e ouvidor Batalha com prisões e deportações para Bahia, foi ainda da cidade de Penedo foi organizada as duas tropas ,( batalhões de Voluntários), uma formadas por brancos e outra de negros, para combater e debelar a revolta em Recife; em outros pontos de Alagoas em Jeguiá da Praia foi preso e esquartejado José Leão, acusado de anti –patriota, em Porto de Pedras Nicolau Paes Sarmento, capitão, foi preso e enviado para Bahia.

Ouvidor Batalha da cidade de Atalaia fiel a coroa, desmembrou Pernambuco, anexando a Bahia e criou um governo provisório até a restauração de Pernambuco, tiveram a participação das tropas vindas da Bahia para reprimir a Revolta. A reação das tropas portuguesas foi radical, atacaram Pernambuco por terra e também por mar cercando o porto de Recife com uma grande esquadra, levando a capitulação dos revolucionários. Os que não morreram em combate, foram fuzilados. Com o Alvará de D. João assinou (...) sou servido isentá-la absolutamente da sujeição, em que agora esteve do governo da Capitania de Pernambuco, erigindo-a em capitania, com um governo independente que a reja na forma praticada nas mais capitanias independentes”. Nomeou o coronel Sebastião Francisco de Mello Póvoas o primeiro governador, que chegou no dia 27 de dezembro de 1817, desborcou no porto de Jaraguá; suas primeiras medidas instalação da junta administração, Arrecadação da real Fazenda e construção do Quartel da policia, onde hoje é o comando geral da PM.

Sobre a revolução Pernambuco 1817 e sua relação com emancipação a politica de Alagoas, existem duas teses, os Historiadores Alagoanos defendem que a nossa emancipação foi fruto da autonomia econômica e outra a covardia dos alagoanos, que fugiram da revolução e ficaram fiel ao governo de D. João VI, os Historiadores Alagoanos São unânimes em afirmar que o aspecto econômico foi determinante na emancipação de alagoas eles secundarizam o movimento da proclamação da republica Pernambucana de 6 de março de 1817, uns são contraditórios, falam em “fidelidade da aristocracia Alagoana” a coroa Portuguesa, e que “traição que deu certo” Nos livros sobre de história de alagoas eles defendem essas teses: História da civilização das Alagoas de Jaime da Altavila (...). Tal prosperidade foi certamente que levou D. João VI a decretar, aos 16 de Setembro de 1817 a sua emancipação, também Isabel Loureiro afirma em seu livro História de Alagoas (... ) a verdade é que alagoas foi emancipada porque já era Comarca desde 1706 e por seu desenvolvimento socioeconômicos e político” já livro história de Alagoas Álvaro Queiros aponta pistas para a tese que a emancipação foi um castigo a Pernambuco a revolução 1817, ele cita (...) um premio de Alagoas pela sua fidelidade á coroa Portuguesa”. , mais defende quer contexto da emancipação tinha 200 engenhos de açúcar, portanto esses fatos conjugados influenciaram a emancipação política.

No livro Raízes de Alagoas, escrito por Divaldo Suruagy e Ruben Wanderley os autores relacionam a tese quer o alvará de 16 de setembro de 1817 tinha o objetivo de enfraquecer Pernambuco, mais ainda ressaltam a tese econômica, na afirmação (...) A comarca de Alagoas, criada em 1706 , já apresentava, em 1730 uma renda superior á capitania da Paraíba”; Jair Barbosa na pagina 18 , com o titulo” a traição que deu certo.", aponta a emancipação foi fruto de uma traição da aristocracia alagoana no livro História de Alagoas dos Caetés aos Marajás.Já segundo o historiador no livro revolução pernambucano as tropas do Marechal Cogominho de Lacerda, essas tropas atravessaram o rio São Francisco com o apoio dos proprietários Alagoanos, mancharam para o norte, em direção ao Recife, para reprimir a revolta. Em relação ao argumento que a prosperidade econômica da comarca de Alagoas Moreno Brandão , afirma na pág. 71 do livro de História de Alagoas ” muitos outros vilares começaram a se expandir e, não se podia constatar assombroso progresso...”

Ressalto que pelos fatos que levaram à separação do território Pernambuco a parte sul o fator principal foi Revolução Pernambucana, Já que o rio grande do norte também foi separado do território da capitania de Pernambuco nesse mesmo contexto e depois juntamente o Ceará e Paraíba, que também se tornaram autônomo ainda no período colonial, em 1799; Não o argumento do desenvolvimento econômico da comarca, negado por Moreno Brandão.

Fonte: Professor de História: André Cabral

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